Não há dúvida quanto à responsabilidade do eleitor neste momento difícil que o País vive. A grande frustração que oprime a sociedade será manifestada, fruto de reflexão e decisão conscientes nas urnas, quando das eleições para os cargos executivos e legislativos da República, em 2018.
O descalabro na administração pública, a incompetência combinada com a imprudência administrativa e fiscal, a corrupção sistêmica que tomou conta do governo afastado pela sociedade, as relações obscenas entre executivo e legislativo com empresas públicas e privadas de grande porte e, os partidos políticos que assaltaram o Estado, foram os causadores da desmoralização que vitimou o País. Realizar caixa direcionado às campanhas políticas e, como subproduto o enriquecimento ilícito, foi o objetivo dos grupos organizados nos porões dos palácios. As divulgações, objeto dos noticiários idôneos e espontâneos da livre imprensa atuante em defesa da democracia, ocorreram antes mesmo da instalação do divisor de águas na política nacional e do País, a Lava Jato.
Anos jogados fora; perda de credibilidade do governo aqui e no exterior; queda do PIB com paralisação dos negócios e dos investimentos; aumento do desemprego e insegurança da população; violência; inflação desenfreada; rebaixamento nas avaliações de risco; angustia da sociedade brasileira lendo e vendo pela imprensa malas de dinheiro, fruto de corrupção. O afastamento da Presidente foi o recurso previsto pela Constituição Federal de 1988.
O Presidente que assumiu e importantes assessores foram alvos de gravações comprometedoras com empresários envolvidos em operações delituosas, com graves perdas políticas. As robustas provas, divulgadas exaustivamente pela mídia, “fragmentaram sua gulosa base política”. A equipe econômica competente, em busca do equilíbrio fiscal, realizou importantes ajustes na economia e resgatou parte do prejuízo passado. A partir do seu mau passo, o presidente perdeu “capital político” que já não era tão expressivo. A Reforma da Previdência ficou prejudicada e com ela, todo o esforço para o ajustamento das contas públicas. A herança herdada dos populistas irresponsáveis e bolivarianos, da administração anterior, foi muito pesada. Mesmo com o atual sucesso parcial da economia, aplaudido pelos analistas econômicos e políticos, não foi o suficiente para o País merecer tratamento mais brando das agências de risco. Uma delas reduziu sua nota de crédito.
O eleitor debitará, desde já, esta conta aos políticos profissionais acostumados aos privilégios de suas cadeiras legislativas. Eleitos enganosamente, pelo voto credo do povo esperançoso, serão penalizados nas Urnas.
O momento da renovação dos nossos representantes no País será em outubro de 2018. É a oportunidade que a democracia nos oferece. O VOTO.
Os princípios ideológicos e os programas de cada partido político permitirão ao eleitor, democraticamente, escolher o candidato. Para representar a sociedade brasileira na Presidência da República, no Congresso Nacional e nas Assembleias Legislativas, serão avaliados, seguramente o caráter e o comportamento ético do candidato. “Ficha Limpa”.
A Lava Jato mostrou que o eleitor não pode reeleger ou eleger político acusado pelos órgãos competentes por envolvimento ético ou moral contra a administração pública ou privada. É oneroso, desastroso para o País e possivelmente vetado pelo Tribunal Superior Eleitoral.
A pequenez e o desprezo demonstrados pelos congressistas em votações de matérias de extrema importância para o País e, negociadas no balcão de trocas em obscuros gabinetes do Palácio do Planalto, custaram caro aos cofres públicos. Além do que, as votações tornaram-se lentas e prejudiciais para a necessária urgência da recuperação da economia.
A lição para os eleitores foi cruel. Ainda há tempo para corrigir os erros cometidos. Votar com seguras avaliações dos candidatos, é o mínimo que se pode fazer pela democracia, pela reconstrução do Brasil e para a dignidade do seu povo.
Durante o processo eleitoral consultas às fontes de informações confiáveis e suas origens, são importantes e necessárias. O que a população quer são compromissos ético e moral, assumidos publicamente pelos postulantes. O voto do eleitor é um compromisso com a democracia. Além de criteriosamente analisado, o eleitor deve acompanhar, avaliar e cobrar o comportamento do candidato eleito.
Manoel Francisco Pires da Costa, presidente DiarioNet
Deixe um comentário